Boa provocação
Fui ontem com a Clarisse assistir ao The Corporation. Descontos à parte, o filme faz a gente pensar em muita coisa. Tem uns exageros, claro. Mas as partes razoáveis (a maioria das quase 2h30) deixam uma pulga atrás da orelha daquelas pessoas mais resistentes e todo o bla bla bla sobre as tais TNCs (Transnational Corporations). A combinação Michael Moore, Naomi Klein e Noam Chomski bota um pouco de medo. Mas os caras tb entrevistam CEOs, que dão depoimentos interessantíssimos. Algumas horas a edição parece ser livre de qualquer preconceito ou implicância.
Cheguei do café agora pouco. Estava conversando com as minhas amigas daqui do hall sobre a violência do Rio. Como explicar que realmente acontece tudo aquilo que as pessoas ouvem falar mas que a nossa cidade não é como um filme de Faroeste? Cara, não imaginava que seria tão difícil... Elas perguntam:
- Mas as pessoas são mesmo assaltadas no sinal de trânsito com armas?
- Ãmmm... Sim... Mas...
- E existe essa guerra do tráfico mesmo?
- É... Existe sim, mas... Mas....
Aí vc dá um jeito e consegue convencer de que mesmo assim o Rio é uma cidade normal. Fazer elas acreditarem que vc não sente medo de sair na rua e voltar tarde. Mas é difícil. E, assim de longe, as coisas ficam ainda mais estranhas. Acho que é pq a gente se acostuma quando está no Rio.
Bom, voltei pro quarto e abri o Globo e a Folha. Manchete do Globo: "A noite do poder paralelo. Quatro mortos, três feridos, balas traçantes, explosões de granadas, motoristas acuados e muito pânico foram conseqüências dos tiroteios ocorridos entre a noite de quarta-feira e a tarde de ontem em quatro favelas do Rio".
As minhas amigas ainda estavam no corredor conversando. Chamei elas pra entar no meu quarto e ler a matéria comigo. Fui traduzindo... Elas com um olhão arregalado. Talvez não devesse ter feito isso. Fica ainda mais complicado de explicar tudo depois. Mas, dependendo das pessoas com quem vc fala, isso é um exercício bom. Se elas são capazes de entender, nada mais saudável. Pra mim e pra elas...
Cheguei do café agora pouco. Estava conversando com as minhas amigas daqui do hall sobre a violência do Rio. Como explicar que realmente acontece tudo aquilo que as pessoas ouvem falar mas que a nossa cidade não é como um filme de Faroeste? Cara, não imaginava que seria tão difícil... Elas perguntam:
- Mas as pessoas são mesmo assaltadas no sinal de trânsito com armas?
- Ãmmm... Sim... Mas...
- E existe essa guerra do tráfico mesmo?
- É... Existe sim, mas... Mas....
Aí vc dá um jeito e consegue convencer de que mesmo assim o Rio é uma cidade normal. Fazer elas acreditarem que vc não sente medo de sair na rua e voltar tarde. Mas é difícil. E, assim de longe, as coisas ficam ainda mais estranhas. Acho que é pq a gente se acostuma quando está no Rio.
Bom, voltei pro quarto e abri o Globo e a Folha. Manchete do Globo: "A noite do poder paralelo. Quatro mortos, três feridos, balas traçantes, explosões de granadas, motoristas acuados e muito pânico foram conseqüências dos tiroteios ocorridos entre a noite de quarta-feira e a tarde de ontem em quatro favelas do Rio".
As minhas amigas ainda estavam no corredor conversando. Chamei elas pra entar no meu quarto e ler a matéria comigo. Fui traduzindo... Elas com um olhão arregalado. Talvez não devesse ter feito isso. Fica ainda mais complicado de explicar tudo depois. Mas, dependendo das pessoas com quem vc fala, isso é um exercício bom. Se elas são capazes de entender, nada mais saudável. Pra mim e pra elas...
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